quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

berlin - so weit, so kalt

Bom, já to há mais de uma semana em Berlim. Cheguei no sábado, dia 5 de fevereiro. Hoje já é a segunda segunda-feira, dia 15. Tive muitas impressões sobre a cidade. Algumas mudaram, outras permanecem. Sobre a cidade, não tenho muito a dizer além de que a cidade é linda e que tudo é uma novidade pra mim aqui. A primeira imagem que tenho é a do avião – tudo coberto de neve. Aliás, ontem e hoje foram os únicos dias em que não nevou aqui desde que cheguei, mas o frio ainda permanece.
No primeiro dia não quis fazer muito. Peguei um táxi do aeroporto e fui pra casa do Elton, como havíamos combinado, mas ele já tinha ido pra festa que tinha mencionado e eu não tinha o celular dele. O taxista foi muito simpático e eu fiquei bem feliz por ter conseguido conversar bem com ele. O frio da chegada foi o pior frio que já passei. Não tava muito animado pra nada – a viagem foi bem longa, umas treze horas e alguma coisa incluído o atraso pra chegar em Amsterdam e a conexão pra Berlim – então fui direto procurar um hotel, que aliás não foi muito barato, mas bem confortável. Infelizmente minha mala não chegou junto comigo, mas tinha algumas coisas suficientes pra um dia na mochila e o que a companhia aérea me deu pra compensar o atraso da bagagem. Comi no hotel mesmo, ainda bem tímido pra tentar algumas palavras em alemão – nem todos falam inglês, como já tinha me dito o Elton, e já percebi que tinha que me virar com alemão mesmo. Isso é bom, é pra isso que eu to aqui, afinal.
Enfim, no domingo vim pro Hotel Bärlin, onde to hospedado pelo menos esse mês. Minha bagagem já tava aqui e pude finalmente me acomodar. O quarto é bem simples – na verdade é uma pensão dentro do hotel, tem banheiro e chuveiros coletivos, mas isso não tem sido problema. Bem diferente do hotel onde eu passei a primeira noite, mas já me acostumei.

Na segunda-feira fui pra escola. To gostando bastante de lá. Não é aquela organização perfeita. Acho que a gente às vezes superestima demais os europeus. Eles são pessoas como a gente e tem seus pontos fortes e fracos, como nós sul-americanos. Bom, a escola é bem legal. Me colocaram no nível B2, mas me deixaram escolher entre esse o C1. Como achei que o B2 tava fácil, pedi pra ir pro C1 a partir de quinta-feira e que mudança! Me senti como um peixe fora d’água no primeiro dia, mas agora já to me acostumando. Os professores são muito legais e é muito bom estudar numa escola com gente de tantos lugares diferentes – se aprende muito mais que língua. Ah, no meu primeiro dia nessa nova turma, o professor havia pedido pra eles acharam um artigo de jornal que lhes interessasse e falar sobre ele na próxima aula. Eis que uma aluna, a Daria, da Rússia, tinha escolhido um artigo sobre uma polêmica no carnaval brasileiro de uma menina de sete anos desfilar numa escola de samba como rainha da bateria ou algo assim. O professor fez umas colocações que me ofenderam como brasileiro e acho que acabei falando em defesa disso. Aí eu me senti bem diminuído na turma, mas aparentemente, como soube depois, isso não tinha sido nada pras meninas russas. Uma delas me chamou pra almoçar, fomos no cinema com as outras duas mais tarde e ainda numa boate mais tarde.

Ah, esqueci de mencionar. No domingo achei bem engraçado o fato de que as lojas todas fecham, inclusive os shoppings. A cidade é bem parada longe do Mitte – a parte central da cidade. Eu ainda não tinha um adaptador pra ligar meu notebook e ficar na internet no Internet Café não era uma opção pra mim. Então perguntei pro simpático atendente do hotel onde eu poderia ir no cinema, mas em inglês, porque eu queria ao menos entender – não tava muito a fim de gastar meus neurônios. Fui na Potsdamer Platz, no Sony Center. Adorei o lugar! Vi um filme americano em inglês mesmo, sem legendas – um filme com o Hugh Grant e a Sarah-Jessica Parker, uma comédia romântica muito boa, um filme bem leve. Gostei bastante, mas não lembra exatamente o nome, é “Did You hear about the...” e o sobrenome deles, mas não me lembro.

Tenho comido comida chinesa todos os dias aqui, ou no almoço ou na janta, quando não nas duas refeições. Além disso só tenho comido lanche mesmo. No almoço desde que a Milena – uma das meninas russas – me chamou pra ir almoçar com ela – eu tenho ido na “Mensa”(o restaurante universitário) da Humboldt, que é bem pertinho da escola. A comida é excelente e tem uma grande variedade. Não se compara aos restaurantes universitários brasileiros e nem aos russos, pelo que conversamos.

Falando em brasileiros, só fui encontrar o Elton mesmo na terça-feira e ele me mostrou um lugar bem legal, que é um prédio abandonado ocupado por artistas, que usam os apartamentos como ateliês e loja de suas obras além de lugar de encontro de músicos e até apresentações. Geil!

Die Stadt ist geil, denke ich. A cidade é muito legal, na minha opinião. O transporte é bem organizado. Tem metrô pra todos os lados, também o S-Bahn, uma espécie de metrô que passa por cima das ruas, com uma vista privilegiada da cidade, além dos ônibus e dos bondes, que, aliás, são mais uma coisa pra se tomar cuidado na hora da atravessar as ruas.

Aqui as pessoas esperam o “Ampelmännchen”(o homenzinho do semáforo) verdinho aparecer pra atravessar a rua, mesmo quando não tem nenhum carro vindo. Bom, nem todos esperam, na verdade. Em alguns lugares movimentados e quem está realmente com pressa não espera.

Bom, tem mais um monte de coisas que eu quero falar, mas agora não to afim. To bem feliz aqui e mal vejo a hora pra chegar amanhã e viver mais coisas legais aqui. =D

Se eu vou ficar aqui por algum tempo e quanto tempo não importa tanto. Sei que já ta sendo uma experiência e tanto pra minha vida e que ainda tenho bastantes pra ter – aqui ou de volta no Brasil. =DD

2 comentários:

Tee disse...

Nossa que maravilhoso! fico muito feliz, tudo vai dar certo Huguinho!

Unknown disse...

Hugo, fico feliz em saber que vc esta bem!Parabéns pelo blog muito legal saber o que vc esta passando!!Tudo de bom!!!Beijos